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Qual o nosso lugar no mundo?

Muitos de nós, demasiados talvez, ainda não o descobrimos. Ainda não conseguimos perceber, o que andamos cá a fazer, qual o nosso propósito de vida, qual a nossa vocação, aquilo que nascemos para fazer.
Muitos acabam por nunca saber, por nunca encontrar o seu caminho, deixando-se apenas levar, deixando-se ir ao sabor do vento, sem nunca dar um passo a mais, um passo ao lado, sem nunca fazer um desvio para experimentar novas rotas e novos mundos.
Imaginem que os nossos antepassados navegadores tinham feito o mesmo?
Sem desbravar “mares nunca dantes navegados”, hoje estaríamos aqui, sem o privilégio de conhecer o que nos rodeia, confinados apenas ao nosso pequeno mundo, sem conhecer outros mundos, tão iguais e tão diferentes do nosso.
Nem todos nascemos com um dom claro, nem todos sabemos de caras aquilo de que gostamos ou o que nos veríamos a fazer no futuro. Nem todos temos a sorte de encontrar uma ocupação ou um trabalho que nos preencha por inteiro. Nem todos temos que ter algum tipo de talento escondido, algum tipo de dom.
Devemos, sim, procurar algo que nos preencha, que nos faça ter sentido, que nos faça sentir bem connosco e com os outros, algo que nos faça sorrir, que nos faça chegar ao final do dia e pensar “hoje fiz algo bom, hoje sinto-me realizada” e seguir assim pelos dias fora.
Não precisamos de idealizar logo uma vida inteira, podemos criar e lutar por atingir pequenas metas, dia após dia, semana após semana… E quando olharmos para trás veremos que valeu a pena.
Os dias não serão todos bons, não serão todos lucrativos, felizes ou realizados, mas o balanço será melhor se formos passo a passo e se procurarmos sempre fazer algo que gostamos e que nos faça feliz.
Não precisamos de ter uma vocação clara… Precisamos de lutar e procurar pequenas coisas que nos façam sentir bem ao fazê-las. Mesmo que não seja algo muito grandioso, nem de grande importância aos olhos dos outros.
Devemos fazê-lo por nós e para nós em primeiro lugar. Porque esse pouco que fizermos há-de levar-nos ao nosso rumo, há-de mostrar-nos novos caminhos, novas ideias, novas metas…
E, aos poucos, vamos conquistando o nosso espaço, o nosso lugar neste mundo tão cheio, mas tão vazio, muitas das vezes, de coisas que realmente valham a pena.





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