Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2019

Ser o que não somos...

Estamos na era das aparências. Toda a gente se quer mostrar o mais perfeita possível. Mesmo que na realidade estejam bem longe dessa perfeição. Se olharmos para as redes sociais, veremos fotos de pratos com aspecto apetitoso, rostos perfeitamente maquilhados, roupas glamourosas, poses estudadas para garantir o melhor ângulo, famílias felizes e sorridentes, vidas maravilhosas com tudo aquilo que se pode desejar. Isto é o que passa para o lado de cá... Isto é o que se quer passar para o lado de cá. Chega o Natal, a Páscoa, ou uma outra festa qualquer e é ver a correria em busca do trapinho perfeito. Gastam-se balúrdios para que os filhotes fiquem impecáveis e, de preferência, mais vistosos que os do vizinho! Ninguém é perfeito, ninguém tem de o ser. As vidas de cada um têm altos e baixos, têm dias perfeitos e dias mais ou menos e ainda dias maus. Devemos cuidar bem de nós, devemos aproveitar a vida, aquilo que ela tem de bom, devemos cuidar sempre dos filhos para que andem

Estás onde gostavas de estar?

A pergunta pode ser no sentido figurado ou literal.  Nem sempre estamos onde gostaríamos de estar, geograficamente falando. Mas também, muitas vezes, não estamos onde gostaríamos de estar, num sentido mais figurado, no sentido pessoal ou profissional ou na vida em geral.  Estás a fazer aquilo que gostarias de fazer?  Estás a dar tudo de ti para mudar, para alcançar os teus sonhos, estás a correr atrás daquilo que sempre perseguiste?  Ou estás parada, confusa, sem reacção?  Por vezes é necessário parar para ganhar balanço e recuperar o fôlego. Para pensar naquilo que queremos, para sonhar, para nos equilibrarmos antes de seguir caminho.  Mas depois, é necessário começar a andar, dar o primeiro passo, escolher caminhos e atalhos que, de facto, nos levem onde esperamos ir.  Não estás onde gostavas de estar?  Então mexe-te!  Corta as raízes que te prendem, aquelas que não te alimentam e apenas te seguram no mesmo lugar. Deixa apenas aquelas raízes que te dão alimento, qu

O túnel

Estamos num túnel.  Olhamos para a frente e tentamos chegar ao seu final.  Tentamos seguir em frente, correr, não parar até vermos o que há lá no fim.  Andamos sem pausas, sem pensar em mais nada que não seja alcançar o fim deste corredor infinito.  E passamos a vida assim, sempre a andar em frente, sempre a seguir, sem desviar do caminho, com o único pensamento no fim do túnel.  Mas e se, ao longo do túnel, que nos leva não sabemos onde, houver algo mais?  E se, afinal, aquilo que está lá à frente não for o mais importante?  E se, a luz ao fundo do túnel, o final que buscamos, não for o final, mas sim o túnel em si?  E se a luz não estiver no final mas sim no percurso?  Se olharmos em volta, ao invés de apenas olhar em frente, poderemos ver que este longo corredor, tem portas e janelas, tem quartos e salas, tem jardins e canteiros, prontos a serem explorados.  Se dermos um passo ao lado e abrirmos a janela que ali se encontra, veremos que há uma paisagem, que há a

O que a vida nos tira, o que a vida nos dá.

Ao longo da vida vamos ganhando umas coisas e vamos perdendo outras. Normalmente, temos a tendência para olhar mais e valorizar mais, aquilo que perdemos, aquilo que não conseguimos. Eu, pelo menos, sou bastante assim. Há dias em que só nos conseguimos focar naquilo que perdemos, naquilo que tínhamos e já não temos, naquilo que era nosso e nos fugiu das mãos, naquilo que tínhamos como certo e ficou mais incerto, naquilo que nunca pensámos perder mas que desabou como um castelo de cartas. E isto aplica-se a tudo na vida. Aos sonhos, aqueles que temos desde sempre, desde que nos conhecemos, aqueles que sonhamos de olhos abertos e construímos no ar, que pensamos que mais cedo ou mais tarde vamos concretizar, mas que muitas vezes não passam disso mesmo, de sonhos. E lá permanecem, num mundo paralelo, ao qual voltamos algumas vezes, mas que sabemos que, nem sempre, as coisas que queremos e ansiamos acontecem, porque não tem que ser. Às metas, aquelas que traçamos para o nosso fut

O que me faz feliz?

Podemos passar os dias a reclamar da vida, a pensar em tudo aquilo que não temos, em tudo o que gostaríamos de ter e em tudo aquilo que já perdemos. A verdade é que, muitas das vezes, a vida não é perfeita, aliás, é muito diferente daquilo que imaginámos, daquilo que sonhámos para nós. Há muitos sonhos por realizar, muitas metas por cumprir e outras tantas que foram por água abaixo, muitas pessoas que ficaram pelo caminho. A vida é mesmo assim. Mas também há conquistas, também há dias felizes, também há batalhas ganhas, mesmo que nem sempre as vejamos. Então, o que é que nos faz felizes? Estar com aqueles que amamos e aproveitar cada momento para dar e receber amor. Respirar o ar puro, o ar do mar, aquele que nos chega a salpicar o rosto. Ver o pôr-do-sol. Vê-lo ir descendo devagar até sumir no horizonte. Apanhar sol. Deixá-lo entrar na pele e penetrar nos poros até nos aquecer a alma. Rir. Rir sem motivo, rir sem parar, rir até nos doer a barriga e nos fazer chora