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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Respirar

Pára. Inspira. Expira. Pensa bem. O que te incomoda? O que te magoa? O que te deixa triste? Pára. Respira fundo novamente. O que podes fazer para mudar essa situação? O que podes tu fazer para melhorar aquilo que te faz mal? Pára. Volta a respirar. Está nas tuas mão fazer alguma coisa? Depende só de ti, apenas e só de ti, dar a volta, contornar o que quer que seja? Pára. Inspira. Expira. Reflecte bem. As coisas têm o peso que lhes damos. A dor só é dor até decidirmos que não dói mais. Se não está nas nossas mãos, se não depende só de nós, se não há nada que possamos fazer, se não há nada que não tenhamos já feito, devemos livrar-nos desse peso. Porque por mais leve que um peso seja, se nos mantivermos com ele nos ombros, ele passará a ser insuportável. Se uma pequena tristeza teimar em habitar a nossa mente, ela se tornará maior. Se uma dor se colar ao nosso coração e não fizermos nada para a arrancar de lá, essa dor vai passar a ocupá-lo por inteiro. Se não es

Sorte

O que é a sorte? Como se mede? O que podemos considerar uma pessoa com sorte? Provavelmente muitos pensarão “ganhar o Euromilhões”… Tudo bem… Não se pode dizer que isso seja azar! Claro que é sorte. Mas será a maior das sortes? É verdade que o dinheiro, o conforto económico, o poder comprar aquilo que queremos ou precisamos, sem termos que pensar muito bem, sem termos que contar os tostões para ver se o salário chega ao fim do mês, seria ótimo. Poder viajar, sempre que nos desse na real gana, poder ajudar quem precisa, ajudar a família, deitar a mão a quem precisa de nós, sem pôr em causa o nosso próprio bem-estar. Tudo isto seria perfeito. Ter poder de compra para aquilo que gostamos, que queremos, poder ter os melhores cuidados médicos, viver numa casa de sonho, ou fazê-la de raiz, ao nosso gosto, sem fazer contas de cabeça a cada passo, para ver se o dinheiro é suficiente. Claro que o dinheiro é importante, muito importante até. Mas, se pensarmos bem, será que é o mais es

O nosso mundo

O mundo é um lugar estranho. Um lugar onde é difícil viver, onde é difícil encontrar, hoje em dia, pessoas que valham a pena. O mundo é um lugar maravilhoso também. Pode parecer contraditório, mas não o é. Vivemos num mundo que tem tudo aquilo que necessitamos, que nos oferece tudo o que precisamos, o que buscamos, o que nos faz feliz. Está tudo lá. Mas nem sempre vemos, nem sempre conseguimos, nem sempre sabemos aquilo que andamos à procura. Outras vezes, sabemos aquilo que buscamos, sabemos quem queremos ter connosco, sabemos bem aquilo que merecemos, mas o mundo conspira contra nós. O mundo, o universo, o cosmos, o que quer que seja… Como se as coisas estivessem nas nossas mãos, mas teimassem em escorrer-nos por entre os dedos. O mundo é um lugar com os valores todos trocados, baralhados, com os ideais fora do lugar, onde coisas banais e fúteis são colocadas e vistas como essenciais. Um mundo onde aquilo que é mais precioso, como o Respeito, por nós e pelos outros, o Amor

Esperança

Diz-se que a esperança é a última a morrer. Pode ser um lugar-comum, um cliché, mas o que seria de nós sem esperança? Se não esperássemos algo do futuro, do amanhã, como poderíamos viver? Há dias em que não esperamos nada, a não ser que o dia termine, para nos enfiarmos na cama, não pensar em nada, apenas ficar ali, isolados do mundo, a hibernar. Mas depois, há um novo dia, em que já temos novas perspectivas, novos objectivos, novas ideias... É como um dia de Primavera em que, de um momento para o outro, as flores começam a brotar e onde há minutos não havia nada, agora há um jardim em flor. Precisamos de algo que nos dê vontade de continuar, um impulso que nos leve adiante, uma luz que nos faça seguir e correr atrás. Podemos até achar que está tudo perdido, que não temos motivos para lutar, que estamos presos, sem sonhos ou objectivos. Mas já pensaram que quando estamos às escuras, se piscarmos os olhos, nos vamos habituando à escuridão e acabamos por ver alguns contornos

Obrigada

Dizem que ontem foi o dia do Obrigado. Ok... Precisamos de um dia para isso? Pois, parece que sim. Não devíamos, mas precisamos. Temos a tendência para nos esquecermos de agradecer aquilo que temos, de agradecer a quem merece o nosso agradecimento, a quem está do nosso lado sempre, esquecemo-nos de agradecer por estarmos aqui, por termos saúde, por termos a família ao nosso lado, por termos uma cama onde dormir, um tecto, comida... No fundo, luxos em muitas partes do globo. Devemos agradecer, a quem nos ajuda no dia-a-dia, a quem nos segura a mão, a quem caminha ao nosso lado, a quem nunca desiste de nós, mesmo quando nós mesmos já desistimos. Devemos agradecer à vida, ao ar que respiramos, a tudo aquilo que nos faz feliz, que nos faz bem. Devemos agradecer a Deus, se assim o entendermos, por tudo aquilo que nos dá, por nos dar a fé, que nos move em muitos momentos e que nos salva em outros tantos. Devemos agradecer também os maus momentos, as pedras no caminho, porque nos ensin

Acordar

Por vezes, ao abrirmos os olhos pela manhã, apenas vemos a escuridão. Aquela neblina em que vemos tudo ainda meio confuso, sem saber se já estamos completamente acordados, se já é de manhã ou se ainda estamos a meio da noite. Temos que esfregar os olhos, olhar em volta, esticar os braços, dar um último bocejo e ganhar coragem para sair da cama e enfrentar mais um dia. Acho que a vida em si é feita de pequenas ou grandes metáforas. Podemos comparar a vida com este acordar. Há dias em que não sabemos muito bem onde estamos, para onde vamos, o que podemos ou devemos fazer, para onde nos devemos virar, qual o caminho a seguir. Mas temos que o fazer de qualquer forma, bem ou mal, certo ou errado, temos que nos levantar e tomar iniciativa de seguir, seja por onde for. Algumas manhãs são mais complicadas que outras, é mais difícil sair da cama, levantar, enfrentar a realidade, mas temos que o fazer. A vida nem sempre corre da forma como queríamos, da forma como planeamos ou sonhamo

Ser forte...

Sempre nos ensinaram que devemos ser fortes. Sempre aprendemos a lutar, a seguir em frente, a não darmos parte de fracos, a sorrir perante as adversidades. Mas em que livro está isso? Saiu em decreto? Quem decidiu que isso era o correcto? Quem tomou como verdade universal que não podemos fraquejar? E se eu quiser passar o dia escondida do mundo, fechada no quarto, sem falar com ninguém e simplesmente estar, esperar o amanhã e não me mover um milímetro que seja? Quem me vai impedir? Será que alguém chama a polícia para me obrigar a ser forte? Claro que não... Não precisamos ser fortes o tempo todo. Não conseguimos ser fortes todos os dias, em todas as ocasiões. Podemos baixar a guarda de vez em quando, ir abaixo, chorar, lavar a alma com lágrimas... Podemos fraquejar uma ou outra vez, deixar de fingir força, quando não a temos, e cair. E depois, aproveitamos a queda para ganhar balanço para o salto! Não podemos passar a vida a lamuriarmo-nos, a queixarmo-nos de todos os mal

Início de ano...

Há anos que começam com o pé esquerdo e em completo desequilíbrio. Ainda mal acabou de nascer e já nos deixou com uma má impressão, como quando conhecemos alguém com quem não simpatizamos à primeira vista. A história da esperança num ano novo, num recomeço, em metas e resoluções para os próximos 12 meses... Tudo isso se torna ainda mais difícil quando ficamos de pé atrás logo no primeiro dia do ano. Nem sempre é fácil manter o foco no futuro, pensamentos positivos, lutar pelos objectivos, quando não os temos, quando não sabemos o que quere mos, não sabemos por onde ir, para onde ir... É difícil acreditar num ano novo, quando não se termina da melhor forma, quando se sabe que os dias seguintes não serão muito melhores, quando ficamos com as expectativas em baixo. Mas o facto é que ele chegou e tem 365 dias para nos provar o contrário. Se me perguntarem hoje como acho que vai ser este ano, irei responder que não acho que vá ser bom, não acho que vá trazer alegria desmedida,