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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Ano Novo

Anda 2019! Vem com toda a expectativa que é suposto trazeres... Vem e renova a nossa esperança, a nossa fé, traz a miragem de dias melhores, de sonhos para realizar, de metas para cortar, de desejos para cumprir... Este não foi um ano fácil, para muitos de nós, ano de mudanças, de dificuldades, de desilusões, algumas mágoas, dias bons, dias maus, lutas e retrocessos, alguns passos em frente, outros passos para trás... Nem sempre conseguimos seguir o plano inicial, nem sempre o achamos tão bom como quando o idealizamos, por vezes achamos que é impossível dar certo. Por isso, anda Ano Novo, e devolve-nos a capacidade de acreditar, de ter esperança, de achar que vamos mudar tudo, que tudo vai dar certo, que este ano é que vai ser! Mostra-nos que estávamos errados quando pensámos em desistir, quando achámos que não valíamos o esforço, quando deixámos de acreditar em nós. Vem e mostra que tudo se renova, tudo volta à estaca zero, tudo se inicia, tudo se encaminha... É só um dia

Resoluções...

O Natal já passou... E agora? Podem todos voltar à sua vida normal, ao seu mau humor diário, ao seu egocentrismo...  Acabaram os desejos de amor e paz e voltamos a virar-nos para nós mesmos.  Nem todas as pessoas são assim, nem todos somos egoístas. Há pessoas que são boas o ano inteiro, que desejam o bem o ano inteiro, que pensam nos outros todos os dias e que sorriem genuinamente, dia após dia, sem ser apenas para a fotografia.  E são essas pessoas que nos mostram como deveríamos ser todos, são essas pessoas que merecem ter da vida exatamente o mesmo sorriso com que nos brindam diariamente.  Não digo que as pessoas tristes ou aqueles que simplesmente não sabem sorrir, por qualquer circunstância da vida, não mereçam coisas boas, apenas talvez precisem que alguém lhes ensine a alegria. Todos merecemos novas oportunidades, novos incentivos para sermos felizes, para darmos felicidade aos outros, todos merecemos uma segunda ou terceira hipótese para nos darmos aos outros

O Natal...

O meu avô... É a peça que mais falta no meu Natal, no nosso Natal. Sempre passámos o Natal na casa dos avós, todos ao molho numa cozinha minúscula, mas quente. Quente do calor da lareira e quente do calor do amor que nos unia a todos. Sempre foi assim. Colocava-se mais uma mesa, que quase impedia a passagem para qualquer dos lados. Uma casa velhinha, antiga, com divisões minúsculas, mas onde abundava aquilo que realmente importa, a união, o carinho, o aconchego e o amor. O meu avô ficava sempre no mesmo lugar, num cantinho da mesa, encostado à parede. No final do jantar, trocava de lugar e sentava-se ao lado da lareira. Lá dentro ia colocando as pinhas, que estando abertas, retirava e com um martelo ia retirando os pinhões, que esmagava também, acabando todo enfarruscado, mas deliciado com o manjar. Por vezes, jogava-se às cartas. Os adultos jogavam à  "sueca", as crianças jogavam ao "peixinho" ou outros jogos mais simples. Contavam-se histórias de outros

Balanço anual...

Esta altura do ano é propícia a balanços... Mais um ano que termina, um ano novo que começa... Renovam-se as esperanças, os sonhos, os planos. E pesamos as vitórias e as derrotas, as alegrias e as frustrações, as descobertas boas e as desilusões, que durante um ano vivemos.  Todos os anos fazemos a mesma coisa, sentimos o mesmo, achamos que ao mudar um dia de calendário, tudo irá mudar.  Mas o que fazemos nós para mudar? O que fazemos nós para que não seja um dia mais, para que de facto a mudança se comece a concretizar? O que fizemos nós, de concreto, desde Janeiro passado? O mundo não muda por si só, a sorte não chega se não lutarmos por ela, a mudança não vem, se não sairmos do lugar. O mundo não será um lugar melhor para viver se cada um de nós não fizer algo para que isso aconteça.  Estamos sempre à espera que o ano seja bom, fazemos planos, traçamos metas, sonhamos, idealizamos, construímos castelos no ar, para depois deixar passar 365 dias sem mudar um centímet

Dar Amor...

Numa altura em que cada vez mais se olha para o próprio umbigo, cada vez mais se usam de todos os meios para singrar na vida, cada vez mais se procura a fama e o proveito, sem olhar a meios, em que cada vez mais é cada um por si, é ridículo ver chegar a época natalícia e toda a gente transbordar amor por todos os poros. Quem tem amor no coração, tem-no o tempo todo, o ano inteiro e não apenas com dias marcados. De que adianta, passar o ano a atropelar tudo e todos, a não olhar para o lado sequer, a não ver nada senão a imagem reflectida no espelho, para depois vir pregar o amor e a união de todos, apenas porque fica bem na fotografia e dá likes nas redes sociais? Comigo não... Se querem abraços, beijos, amor, se querem amizade, ajuda, solidariedade, se querem um ombro amigo, um sorriso nos lábios, uma mão estendida, têm de ser coerentes... O Natal é por si só uma época de sentimentos, de união familiar, de união entre as pessoas, de calor humano, devemos demonstrar isso mesmo,

As luzes de Natal

Já se vêem as luzes de Natal pelas ruas, coloridas e brilhantes, estáticas ou piscando a compasso. Já se vê o corrupio nas lojas, nas ruas, tudo em busca do presente perfeito. Já se vêem as crianças ansiosas, com a felicidade que apenas elas conseguem demonstrar, aguardando aquela que é a quadra mais festiva do ano. O brilho no olhar, o sorriso no rosto e, no coração, a genuína alegria de quem tudo espera do mundo. Lembro-me apenas de dois presentes recebidos em criança: uma bicicleta, que muito me intrigou por não conseguir entender como é que o Pai Natal a conseguiu colocar ali, debaixo do pinheirinho e um mealheiro vermelho em formato de saco de dinheiro. Era em napa vermelha, com um cifrão gravado a dourado (sim, porque eu sou do tempo dos escudos!). Não me lembro de mais nenhum presente... Mas lembro-me bem do Natal e do que ele significava. A mesa cheia, de tudo aquilo, que muitas vezes não comíamos durante o ano, mas cheia também pela família reunida, pela união, pela a

Memória

Hoje é um dia de memória... Memórias que nem sempre são felizes porque nos trazem o bom e o mau. Faz hoje 15 anos que partiste numa viagem sem volta. Nem sempre tive a coragem e o discernimento para dizer o quanto eras importante para mim, o quanto fizeste na minha formação enquanto pessoa. Foste tu que me mostraste a importância do saber, do aprender, do conhecimento. Sempre em cima, sempre a querer a perfeição das letras, sempre a puxar e a querer mais, dando o exemplo, mostrando como se fazia. Lembro aquele humor sarcástico, que também herdei, as histórias de uma infância pobre mas cheia de aventuras, de marotices, porque era assim a tua forma de ser. Lembro também uma certa rudeza, uma forma de manter o respeito, que não seria necessário, mas que não sabias, não aprendeste, a ser de outra maneira... Lembro das tardes de trabalhos de casa, todos juntos na sala, sob o teu olhar. Sempre interessado, sempre exigente, porque querias que fossemos os melhores... Penso mui

O teu valor...

Quando sabes o que vales, não te diminuas, não baixes o preço, não dês descontos, porque quem te ama de verdade, quem conhece o teu valor e quem te sabe valorizar, estará disposto a pagar o preço que for para ficar contigo. E isto vale para todos os aspectos da tua vida, seja pessoal, profissional, amorosa... Cada pessoa tem o seu valor real, cada pessoa é aquilo que é, não podemos esperar que os outros se moldem sempre àquilo que é a nossa vontade. Porque o valor vem de nós mesmos, está dentro de nós e faz parte da nossa vida, se nos moldarmos aos outros, sem pensarmos em nós, estaremos a perder a nossa essência. Com certeza haverá um momento ou outro em que teremos que dar o braço a torcer, porque faz parte também do nosso crescimento, errar, aprender com os erros e com os que nos rodeiam, ver novas perspectivas, pensar que afinal nem sempre estamos certos. Mas se isso implicar perder as nossas bases, mudar a nossa forma de ser e de pensar, perder o nosso valor, não pode estar

Here we go again...

Quando se erra o que devemos fazer? Procurar estudar o erro, entender o que correu mal, pensar no que poderá ser feito para emendar esse mesmo erro e saber se estamos no caminho certo para o conseguir. Quando pensamos que estamos a dar um passo em frente, que estamos seguros daquilo que estamos a fazer e constatamos que afinal apenas andamos em círculos e voltamos ao mesmo lugar, devemos dar um passo atrás, para rever o trajeto e redefini-lo. Quando achamos que agora é que é, que a oportunidade chegou, que tudo vai mudar, que está tudo a ir de vento em popa, mas afinal os ventos nos levam uma e outra vez para mares revoltos, devemos rumar a terra firme e procurar um porto de abrigo. Quando a vida teima em nos deitar abaixo, em nos mostrar caminhos errados, em nos ensinar lições aprendidas vezes e vezes sem conta, lições que já sabemos de cor e salteado, temos que abandonar a estrada e seguir por atalhos diferentes. Quando parece que tudo se apaga à nossa volta, que tudo se e

À tona da água

Uma nova semana se inicia. Um novo dia, um novo ciclo, uma nova oportunidade para pensarmos naquilo que temos, naquilo que nos falta, naquilo que já tivemos, naquilo que gostaríamos de ter e naquilo que nunca queríamos ter tido. A vida é feita de ciclos... Uns começam, outros terminam e outros recomeçam. Nem sempre conseguimos retirar dos dias aquilo que precisamos ou aquilo que merecemos. Nem sempre cumprimos os nossos desejos e os nossos sonhos. Muitas vezes andamos bem longe deles até. Dizem-nos para não desistir, para lutar, para perseguir aquilo em que acreditamos, aquilo com que sonhamos... Mas na maioria dos dias apenas nos apetece desistir, deixar tudo para trás, deixar de lutar e não forçar o corpo e a alma mais do que eles aguentam... Apetece-nos não testar os nossos limites, apenas deixar ir... Nem sempre é fácil remar quando nos faltam rotas, quando o rumo é incerto e a névoa nos tolda a visão. Se podemos desistir? Podemos... Mas não devemos. Por mais que nos cus