Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2019

Voltar à infância...

Quando somos crianças ansiamos por ser adultos, por crescer... Muitas das nossas brincadeiras de então, tal como as das crianças de agora, passam por desempenhar papéis de pessoas crescidas. Queríamos ser as mães, as professoras, os médicos, fazíamos comida, trabalhávamos, conduzíamos... Todos os papéis que fazíamos subentendiam alguém adulto. E queríamos crescer, para podermos fazer isto tudo de uma forma real. Ninguém nos avisou que crescer era uma armadilha! Ninguém nos disse que fazer isto tudo a brincar era fixe, mas na vida real não é bem assim! Ninguém nos disse que ser criança era tão mais divertido! Mas podemos sempre encontrar um intervalo na vida real e fingir que somos crianças novamente! Fingir que somos crianças a fingir-nos de adultos! Basta entrarmos na brincadeira das crianças. Aceitarmos por umas horas brincar com eles e voltar atrás no tempo. E aí tudo volta a ser como antes, mesmo que com tempo contado. Não podemos é colocar limites à imaginação, não

O amanhã...

O que podemos esperar do futuro?  O que está reservado para nós, bem lá à frente, naquele futuro que esperamos que seja risonho?  Há quem pense muito no futuro, no que aí vem, há quem pense onde e como estará daqui a uns anos e sonhe com realizações pessoais e profissionais, com o concretizar de um ou outro desejo.  Há quem sonhe com o amor ideal, com uma família perfeita, com dinheiro, casa e um trabalho que preencha todos os requisitos.  Há também quem, apesar de pensar no amanhã, apesar de também sonhar, apenas vá vivendo o dia-a-dia, travando as lutas conforme elas se apresentam, sem pensar demasiado no que pode acontecer.  Todos desejamos ser felizes, ter uma vida boa, amigos por perto, uma casa nossa, ter dinheiro suficiente para viver sem grandes sobressaltos, ter uma família que nos acolha ao final do dia...  A vida é feita de sonhos, de projetos, de desejos. Mas não devemos viver focados apenas no futuro, nem em pensar como estará a nossa vida daqui a 10 ou 20 ano

Memória

O que nos diz a memória?  O que nos traz?  Como lidamos com as memórias?  De pessoas, de lugares, de sentimentos, de outros tempos e outras vidas...  Nem sempre é fácil lembrar.  Há memórias que nos fazem sorrir, que nos devolvem a momentos onde fomos felizes, onde sorríamos sem medos, sem reservas, onde tudo era perfeito, naquele tempo e espaço.  Memórias que nos deixam com o coração mais quente, que nos mostram aquilo que vale a pena e aquilo por que vale a pena viver.  Mas há o outro lado da moeda. As memórias que nos ferem, que nos magoam ou, simplesmente, nos deixam tristes.  Alguém que já partiu e que gostávamos desesperadamente de abraçar.  Dias felizes que se foram e que sabemos que, aqueles dias, aqueles momentos, aquelas pessoas, estarão para sempre presos no passado.  Pessoas que saíram da nossa vida, por um ou outro motivo, pessoas que faziam parte da nossa vida e passaram a fazer parte da nossa história.  A vida é feita de memórias.  Boas ou más, a

O que queres ser quando fores grande?

Esta é a pergunta que mais fazem às crianças. Também a fizeram a nós. E o que respondemos? "Eu quero ser bombeiro." "Eu quero ser médico." "Eu quero ser astronauta." "Eu quero ser jogador de futebol." "Eu quero ser professora."... Decerto que estas respostas foram ditas vezes sem conta. Eu queria ser professora. Sempre gostei de letras e cadernos, de canetas e lápis, de palavras e escrita. Adorava o cheiro dos cadernos no início do ano escolar, as folhas em branco prontas a serem preenchidas, as canetas novas prestes a serem estreadas. Ainda hoje gosto. De cadernos, livros e canetas. E de escrever, de preencher uma folha em branco. Não fui professora. E ainda bem, porque aprendi que não tenho assim tanto jeito para ensinar. Não tenho o dom de captar a atenção dos outros e fazê-los apreender aquilo que lhes digo, aquilo que lhes quero transmitir. Quando somos crianças, os sonhos estão mais perto, são mais fácei

A Mãe!

Não posso falar pelos outros, não estou no lugar dos outros. Mas posso falar por mim, posso falar pelos meus e eu sei que tenho a melhor Mãe do mundo... E arredores também! Ela é a personificação daquilo que é, ou deveria ser, ser Mãe. O amor, o carinho, a verdade, o aconchego, o colo, o abraço, o ninho, a ajuda, a mão estendida, o sorriso nos lábios... Poderia continuar o dia todo com adjectivos e apenas coisas boas a dizer. Ela é a que abraça e dá alento, mesmo quando não o tem para ela, é a que ajuda mesmo quando também ela precisa, é a que dá a mão, mesmo quando precisa de um braço. Fomos criados sempre no amor e na compreensão, sem ser preciso a rigidez para lhe termos o maior dos respeitos. Ela é a nossa união, a nossa força, o nosso porto de abrigo, sempre. Percebe os sinais, percebe nas entrelinhas e conhece-nos profundamente. Este é o pilar da nossa família, aquele que deveria existir em todas as casas, em todas as famílias, em todos os lares. Se a educação fosse

As nossas dores...

Como é que se arranca do peito a dor? Aquela dor que nos domina por completo e nos entorpece os sentidos. A dor que nos agarra as entranhas e nos consome por dentro. Uma dor que destrói, que nos destrói e nos deixa sem chão, sem visão, sem qualquer réstia de nós mesmos. Nem sempre é fácil renascer das cinzas, nem sempre é possível fazê-lo. Há dores que, pura e simplesmente, não acabam e nos seguem para onde quer que vamos. Que passam a fazer parte de nós, que nos moldam e nos tornam em alguém diferente daquilo que somos, daquilo que fomos, daquilo que gostávamos de ser. Algumas, vão-se diluindo nos dias que passam. Tornam-se mais suportáveis e menos penosas. Talvez por serem menores ou mais aceitáveis, talvez por aprendermos a olhá-las de outra forma, com um outro olhar. Mas as maiores, aquelas que nos ferem a alma, aquelas que abalam toda a nossa estrutura e nos fazem questionar os deuses, essas dificilmente se tornarão menores. Dificilmente as vamos compreender por com