Aprendemos muito com os nossos
antepassados... E não estou a falar dos dinossauros nem dos faraós! Esses estão
lá nos livros de história e em paragens mais longínquas. Estou a falar dos
nossos antepassados mais diretos, daqueles que fazem parte da nossa história,
aqueles que ajudaram a formar a nossa maneira de ser, o nosso carácter, a nossa
personalidade.
Tive a sorte de conhecer e
conviver com grande parte deles. Conheci duas bisavós, com quem privei bastante
e de quem aprendi e ouvi histórias e ensinamentos de tempos passados.
E conheci os quatro avós. Convivi
mais com uns do que com outros, por uma questão geográfica apenas, uma vez que
os avós paternos viviam mais longe.
Quanto aos avós maternos formaram
grande parte da minha personalidade porque sempre vivi com e perto deles. Tive
a sorte de ser acarinhada, ensinada, protegida e criada por eles.
Talvez lá longe, nesse tempo, não
desse o devido valor, mas hoje sei que a importância deles foi tremenda. Do meu
avô herdei um certo tipo de humor, um pouco peculiar, herdei o mau feitio que
não anula a bondade e herdei, modéstia à parte, a inteligência, porque ele era
um homem inteligente, com sede de aprender e de estar por dentro de qualquer
assunto. Tenho saudades dele, da sua perspicácia, do seu saber... Gostava que
estivesse cá para ver o nosso percurso, para ver os netos a formarem-se, os
bisnetos a fazerem-se gente...
Hoje resta-me a minha avó... E
sei que muitas vezes não sou capaz de demonstrar o quanto gosto dela, mas isso
nunca estará em causa, porque ela faz parte de mim, do meu ser. Uma mulher que
nunca soube o que era estar parada, sempre a bulir, sempre a trabalhar, sempre
a fazer algo. Quando havia algo para fazer, já queria que estivesse feito, só
parava quando terminava tudo, mesmo que depois ficasse de rastos. E digo isto
no passado porque os trabalhos, por agora, ficaram de parte. Agora é hora de
descanso e de deixar que a cuidem como ela cuidou dos outros. Faz anos hoje a
minha avó. E eu espero que continue na nossa companhia por muito mais tempo.
Com menos forças, com menos vivacidade, com mais cuidados, mas na nossa
companhia, ainda e sempre a ensinar-nos.
Sei que nem sempre o digo, mas
gosto muito dela, sei que nem sempre o demonstro, mas quero-a aqui por perto,
sei que nem sempre dou a entender, mas ela é muito importante para mim e para
todos nós.
Parabéns Avó!
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