Há dias em que as palavras nos faltam.
Dias em que não conseguimos destrinçar o novelo dos pensamentos, nem encontrar aquele fio perdido que nos permite dar seguimento a uma simples frase.
Há momentos em que, simplesmente, não conseguimos traduzir aquilo que estamos a sentir.
Dias tristes, sem razão aparente, em que tudo está exatamente como ontem e, provavelmente, igual ao que estará amanhã. Não falta nada essencial, tudo o necessário, o estritamente necessário, está lá, mas falta tudo o resto.
Falta o calor, falta a luz, falta a brisa no rosto, falta a voz calma e calorosa que nos diz: "Vai ficar tudo bem." "Vai dar tudo certo." "Acredita!"
Nem todos os dias são bons.
Nem todos os dias são de esperança.
Há dias de saudade, de tristeza, de falta de esperança e de perspectivas para dar um passo em frente e seguir.
Há dias em que só apetece "estar".
Estar aqui, pairar pelo dia fora, sem fazer nada que contrarie o rumo que ele possa tomar.
Há dias assim, em que apenas estamos aqui e nada mais.
Mas precisamos "ser".
Ser mais!
Ser fortes, ser convictos, ser mais atentos aos sinais que nos chegam.
Temos saudades? Pois demos um passo em frente, mesmo sem sair do sítio.
Estamos tristes? Um sorriso. Procuremos um sorriso que nos faça felizes, mesmo que só por um instante.
Falta a esperança? Vamos buscá-la!
Basta olhar para o lado, para vermos que está cá tudo. Tudo aquilo que precisamos para viver e sermos felizes, está ao alcance da nossa mão.
Por vezes as palavras ficam presas na garganta. Mas a nossa voz pode levantar-se de muitas formas. Basta haver motivos para que ela se faça ouvir.
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