Escrever. Liberta a alma. A alma que vive aprisionada nas palavras que se calam. A caneta percorre as folhas em branco e leva para longe o coração, o pensamento, o olhar, o ouvido e a respiração. Respira-se melhor no papel. Vê-se melhor de caneta em punho. Ouve-se melhor no cheiro de uma folha limpa. Sente-se melhor nesta união, só o papel em sintonia com a mente. Não importa fazer sentido, não importa ser a única a entender, só as palavras entendem e se entrelaçam entre si. Frases e mais frases se encadeiam, uma após outra, sem fim à vista. Não procuro porquês, nem para quê, somente a liberdade de um emaranhado de pensamentos com ou sem nexo, com ou sem sentido, mas sentidos de coração. Escrever liberta. O ar no peito, a nuvem na cabeça, o nó no coração. Escrevo por mim, para mim. O que me toca, o que vejo com o meu olhar, o que sinto perante o que os meus olhos e os meus sentidos alcançam. Mas não estou só... Muitos veem com os meus olhos e atr