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Mostrando postagens de maio, 2020

A luz das noites

O azul do céu sempre nos faz ver o mundo de uma forma mais positiva.  Olhar o céu, sem nuvens, com o sol a brilhar, é a imagem perfeita para podermos transmitir para a nossa vida essa mesma imagem.  Deixar as nuvens para trás, deixar o vento levá-las para longe e abrir caminho para o calor do sol, para dias luminosos.  No fundo é sempre essa a nossa meta.  Afastar os problemas, deixar para trás aquilo que nos perturba, caminhar o que for preciso até chegarmos a lugares onde o sol brilhe firme no céu.  E vivemos nesta busca constante por dias perfeitos, em que o caminho que fazemos de nada importa e apenas pensamos naquilo que queremos atingir.  Há dias muito difíceis, em que nada dá certo, em que o céu se carrega de nuvens negras e não há vento que as demova.  Há dias em que as forças faltam, os pés não querem caminhar e só queremos que a noite caia para podermos dormir e esperar um novo dia.  Há dias em que apetece desistir, largar tudo, deixar todos os sonhos e metas

A medida do amor

Como se mede o amor?  Em quilos? Será que podemos dizer: "Gosto de ti 5 quilos!" Não soa lá grande coisa.  Metros? "Gosto de ti 100 metros!"  Mais? Menos? Será que funciona?  Fica um pouco estranho...  Porque é que não conseguimos dar uma medida exata?  Porque o amor não se pesa, o amor não se mede, o amor é impossível de quantificar.  A dor, por exemplo, quando é partilhada, quando dividimos com alguém alguma mágoa, ela diminui, torna-se mais suportável. Ou os problemas, qualquer problema que possamos ter, torna-se  menor quando é compartilhado.  Mas não o amor.  O amor não se divide, não fica menor.  O amor ao ser dado só aumenta de tamanho, ao ser dado multiplica. Quanto mais amor damos, mais recebemos de volta.  Pode ser uma frase feita mas é a mais pura das verdades.  O amor ajuda-nos a viver a vida com mais leveza, com mais doçura, com um sorriso nos lábios.  Dar amor a alguém, é dar aquilo que temos de melhor, é acolher em nossos

Vai ficar tudo bem?

Não sei se vai ficar tudo bem.  Não sei se vamos ficar todos bem.  Não sei se vamos aprender algo com isto.  Não sei se os dias alguma vez serão os mesmos.  Dificilmente algumas pessoas aprendem algo com as situações que a vida lhes apresenta. Há quem, por mais que passe, continue a olhar apenas para o seu umbigo. Há quem continue a achar que apenas os seus interesses pessoais têm valor, que apenas os problemas de cada um importam e os colocam antes do bem comum.  O que esta pandemia nos veio mostrar, é que a vida muda num piscar de olhos e que sozinhos não somos ninguém. Precisamos de todos para todos ficarmos bem.  Porque por mais que façamos nós, sozinhos, de nada adianta se quem estiver ao nosso lado nada fizer.  Esta é uma luta de todos, em que para além de pensarmos na nossa segurança, temos que, obrigatoriamente, pensar em quem nos rodeia. Se não pensarmos como um todo, o que cada um faz, irá desmoronar-se e de nada servirá.  Não sei se todos vamos conseguir iss

Tempo

O tempo é um conceito relativo.  Nem sempre o vemos ou sentimos da mesma forma, apesar de, invariavelmente, o relógio bater sempre no mesmo compasso.  Quando estamos felizes, quando estamos bem, quando estamos em boa companhia ou a viver um momento bom, ele passa a voar e nem nos damos conta das horas, dos minutos ou da noite que cai.  Por outro lado, esse mesmo tempo arrasta-se quando estamos tristes, a sofrer ou, simplesmente, quando estamos onde não queremos estar ou a fazer algo que não nos preencha, que não nos traga alegria ou satisfação.  Há também os momentos em que o tempo pára totalmente e nos sentimos apenas ali, a flutuar.  Outros há em que gostaríamos de criar uma bolha de tempo, para que ele efectivamente parasse.  Outras vezes, gostavamos de o fazer voltar atrás e levar-nos para outro lugar, outro momento, outra vida.  O tempo parou.  Estamos numa bolha.  Mas como nos foi imposta à força, o tempo demora a passar.  Os dias são longos, os minutos infin