Quantas vezes nos lembramos de alguém que já não falamos há
algum tempo e pensamos “amanhã ligo, amanhã mando mensagem”. Mas depois o dia
passa, voltamos a esquecer e continuamos na distância.
Quantas vezes pensamos em combinar algo com uma pessoa de
quem gostamos, mas hoje não dá, amanhã não me dá jeito, fica para a semana… E
quando damos por isso, um mês e outro passa e nada acontece.
Quantas vezes dizemos “não vão faltar oportunidades”, para
um café, para uma conversa, para um cinema, para um passeio… Mas, dia após dia,
as oportunidades vão passando e o café fica frio, a conversa não sai, o filme
já saiu de cartaz e o passeio fica por fazer.
Podem parecer coisas banais, podem parecer coisas de somenos
importância, mas a verdade é que são situações e coisas das quais precisamos,
são coisas que nos fazem falta para quebrar a monotonia dos dias e para nos
aquecer o coração.
E quando olharmos para trás, lá na frente da vida, veremos
que nos fazem falta estes momentos, que deveríamos ter aproveitado os espaços e
os tempos com quem e com aquilo que nos dá prazer.
Este tempo é incerto, o que hoje está cá, o que hoje temos
como certo, amanhã já passou, já se foi, já não está cá e aí a oportunidade não
volta.
Não devemos esperar pelo amanhã, por um dia de sol, pelo
fim-de-semana, por uma oportunidade melhor… Devemos agarrar naquilo que temos,
aqui e agora…
Devemos dizer as palavras que estão presas na garganta,
devemos tomar os cafés que nos apetecer, devemos ter as conversas que
precisamos ter, devemos ir ao encontro de quem queremos ver.
O tempo é fugidio, escorrega pelas mãos sem darmos conta,
não podemos adiar aquilo que queremos hoje.
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