Há coisas que não estão nas
nossas mãos, coisas que teimam em fugir do nosso alcance, por mais que tentemos
controlá-las.
Não podemos forçar algo a
acontecer quando não há nada que nos compita fazer. Por vezes há coisas que nos
escorrem por entre os dedos e, por mais que fechemos as mãos, continuam a cair
em cascata até terminarem no chão, inertes.
Há acontecimentos na nossa vida
aos quais gostaríamos de mudar o rumo, mas pura e simplesmente, não temos
forças nem capacidades para tal.
Nem tudo na nossa própria vida é
controlado por nós. Fazemos escolhas, seguimos caminhos, tomamos partidos, mas
apenas temos metade da moeda. A outra metade tem a ver com as escolhas dos
outros, com o efeito daquilo que escolhemos, ou com as circunstâncias externas
que alteram ou encaminham a decisão para fora da nossa mão.
Podemos até tentar inverter alguma
situação, podemos tentar mudar o rumo dos acontecimentos, podemos tentar
mostrar o nosso ponto de vista, mas este será sempre isso, o nosso ponto de
vista… Que com outros olhos poderá alterar e deixar de ser o nosso, para ser o
de outro alguém e, consequentemente, diferente… Daí que muitas vezes, não adianta
bater na mesma tecla, porque corremos o risco que ela se parta e deixe de
tocar.
Se, no fundo do nosso ser,
acreditamos que estamos certos, se temos a certeza dos nossos passos, é
fundamental segui-los, sem tentar convencer ninguém daquilo que fazemos. Porque
é o nosso caminho. E aquilo que não conseguimos mudar, aquilo que foge do nosso
controlo, devemos largar, deixar seguir, porque seria uma luta desigual e
injusta, que apenas serviria para esgotar as nossas forças inutilmente.
Todas as coisas que são nossas,
que nos pertencem por direito, que nos estão destinadas e que fazem parte de
nós, irão sempre ficar connosco e estarão sempre presentes, haja o que houver,
passe o tempo que passar.
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