Quando perdemos o Norte e ficamos
meio à toa na vida, como conseguiremos seguir em frente?
Quando tudo aquilo que julgávamos
certo, tudo aquilo que estava enraizado na nossa vida é cortado pelo pé, nos é
arrancado como num vendaval, como voltamos a florescer?
Nem sempre as respostas nos
aparecem claramente. Nem sempre nos levantamos na manhã seguinte. Por vezes
precisamos de um período de hibernação, onde reflectimos, onde sofremos, onde
olhamos em volta à procura de uma luz, mas nos sentimos completamente às
escuras.
As coisas nem sempre são preto e
branco. Muitas vezes há uma grande quantidade de tons que nos baralham, nem sempre
o branco é tão branco assim e se torna bege, e nem sempre o preto é tão negro e
se torna cinza.
Mas há dias para tudo, dias em
que parece que não há volta a dar e dias em que parece que demos a volta.
Dias em que vemos tudo fechado e
dias em que vemos uma fresta na janela.
Dias em que estamos rodeados de
escuridão e dias em que vemos uma luz que se acende.
Temos que pesar e procurar sentir
para que lado pendemos com mais força, se queremos continuar nos cinzas ou se
vamos procurar os beges e os brancos.
Quando nos sentimos perdidos, sem
norte, sem saber que direcção devemos seguir, não nos podemos esquecer dos
outros pontos cardeais.
Aí veremos que poderá haver algo
mais, haverá outros Nortes. Haverá sempre um Este que nos dá o sol todas as
manhãs, haverá um Oeste que nos diz que o sol se põe mas amanhã será um novo
dia e haverá o Sul para nos mostrar que, por vezes, o que procuramos está na
direcção oposta.
Acima de tudo, devemos olhar para
cima e ver que o sol sempre nos guiará, porque se levanta, dia após dia, para
nos mostrar que nem sempre brilha com toda a sua força, por vezes não quer
aparecer, mas todos os dias se levanta para nos iluminar e nos mostrar todos os
caminhos.
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