Há quem tenha uma vida boa,
estável, com trabalho, saúde, casa, amigos, tudo aquilo que precisa para se
sentir bem e para se sentir feliz. Apesar disso tudo, e por mais que tenhamos,
continuamos sempre a achar que não, que não somos felizes, que nos falta algo,
que os outros é que têm sorte.
Somos uns eternos insatisfeitos.
Até ao dia em que perdemos algo
que tomávamos por adquirido. Até ao dia em que a vida nos troca as voltas e nos
faz cair no chão, nos faz ver os factos como eles são, nos faz voltar à terra.
Um dia, a vida vai querer
mostrar-nos que falamos de barriga cheia, que falamos sem pesar as palavras,
que pensávamos sem olhar em volta, que olhávamos mas não víamos.
Mais cedo ou mais tarde, vamos
ver e reconhecer, o que e quem verdadeiramente importa, vamos aprender a dar
valor àquilo que realmente o tem.
Porque basta um problema de saúde
mais sério, basta perdermos alguém, basta perdermos o emprego, basta levarmos
um abanão na nossa estrutura, para percebermos que, afinal, estava tudo ali,
tudo à nossa volta, ao nosso alcance…
Na verdade, não precisamos de
muito.
Precisamos apenas e só, de aprender
a dar valor às coisas essenciais e aprender a largar aquilo que só nos faz
peso, precisamos de nos focar mais naquilo que temos e menos naquilo que
achamos que precisamos, mas que não nos faz falta nenhuma.
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