Estamos na era das aparências.
Toda a gente se quer mostrar o mais perfeita possível. Mesmo que na realidade estejam bem longe dessa perfeição.
Se olharmos para as redes sociais, veremos fotos de pratos com aspecto apetitoso, rostos perfeitamente maquilhados, roupas glamourosas, poses estudadas para garantir o melhor ângulo, famílias felizes e sorridentes, vidas maravilhosas com tudo aquilo que se pode desejar.
Isto é o que passa para o lado de cá... Isto é o que se quer passar para o lado de cá.
Chega o Natal, a Páscoa, ou uma outra festa qualquer e é ver a correria em busca do trapinho perfeito. Gastam-se balúrdios para que os filhotes fiquem impecáveis e, de preferência, mais vistosos que os do vizinho!
Ninguém é perfeito, ninguém tem de o ser.
As vidas de cada um têm altos e baixos, têm dias perfeitos e dias mais ou menos e ainda dias maus.
Devemos cuidar bem de nós, devemos aproveitar a vida, aquilo que ela tem de bom, devemos cuidar sempre dos filhos para que andem limpos e arranjados, para que sejam felizes.
Mas não devemos fazer isto para mostrar aos outros, para fazer uma grande vista perante a sociedade, para agradar a quem está de fora.
Devemos ser verdadeiros, genuínos, correctos.
O que fizermos deverá ser por nós, para nossa felicidade, para os nossos.
Mostrar uma coisa que não somos, mostrar uma vida que não é nossa, que não nos pertence, mostrar uma felicidade que não temos, de que nos serve?
Não vai, com certeza, dar-nos aquilo que almejamos e vai tornar-nos mais tristes, no fundo, quando olharmos, com olhos de ver, para a realidade e virmos que é tudo falso.
Cada um tem a vida que tem, o aspecto que tem, devemos retirar o melhor daquilo que temos, lutar para melhorar, buscar sempre algo mais, sem nos deixarmos abalar por coisas fúteis e sem importância.
Mas temos que ser verdadeiros e ser o que somos sem medos, sem recriminações, sem vergonha.
De que vale mostrar um lado falso que, mais cedo ou mais tarde, se vai virar contra nós?
Vamos ser honestos e verdadeiros, com defeitos e virtudes, com alegria ou tristeza, com mais ou menos dinheiro, de roupa nova ou roupa velha, com mais ou menos perfeição, mas reais!
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