Sempre nos ensinaram que devemos ser fortes. Sempre aprendemos a lutar, a seguir em frente, a não darmos parte de fracos, a sorrir perante as adversidades.
Mas em que livro está isso? Saiu em decreto? Quem decidiu que isso era o correcto? Quem tomou como verdade universal que não podemos fraquejar?
E se eu quiser passar o dia escondida do mundo, fechada no quarto, sem falar com ninguém e simplesmente estar, esperar o amanhã e não me mover um milímetro que seja? Quem me vai impedir? Será que alguém chama a polícia para me obrigar a ser forte?
Claro que não...
Não precisamos ser fortes o tempo todo. Não conseguimos ser fortes todos os dias, em todas as ocasiões. Podemos baixar a guarda de vez em quando, ir abaixo, chorar, lavar a alma com lágrimas... Podemos fraquejar uma ou outra vez, deixar de fingir força, quando não a temos, e cair.
E depois, aproveitamos a queda para ganhar balanço para o salto!
Não podemos passar a vida a lamuriarmo-nos, a queixarmo-nos de todos os males, a carpir as nossas mágoas...
Mas também ninguém pode exigir de nós o impossível, ninguém pode querer que sejamos super-heróis, numa luta contra os vilões desta vida. E, bem vistas as coisas, até eles têm o seu ponto fraco.
Sejamos fortes, sejamos lutadores, sejamos positivos, mas sejamos francos e honestos, principalmente connosco.
Não tenhamos medo de ter momentos de fraqueza porque eles servem para mostrar que somos humanos, que temos sentimentos, mas servem também para nos ajudar a ganhar um novo alento e a tomar fôlego para o que der e vier.
Comentários
Postar um comentário