Por vezes, ao abrirmos os olhos
pela manhã, apenas vemos a escuridão. Aquela neblina em que vemos tudo ainda
meio confuso, sem saber se já estamos completamente acordados, se já é de manhã
ou se ainda estamos a meio da noite.
Temos que esfregar os olhos,
olhar em volta, esticar os braços, dar um último bocejo e ganhar coragem para
sair da cama e enfrentar mais um dia.
Acho que a vida em si é feita de
pequenas ou grandes metáforas. Podemos comparar a vida com este acordar.
Há dias em que não sabemos muito
bem onde estamos, para onde vamos, o que podemos ou devemos fazer, para onde
nos devemos virar, qual o caminho a seguir. Mas temos que o fazer de qualquer forma,
bem ou mal, certo ou errado, temos que nos levantar e tomar iniciativa de
seguir, seja por onde for.
Algumas manhãs são mais
complicadas que outras, é mais difícil sair da cama, levantar, enfrentar a
realidade, mas temos que o fazer.
A vida nem sempre corre da forma
como queríamos, da forma como planeamos ou sonhamos, nem sempre temos aquilo
que gostaríamos de ter… A vida nem sempre nos dá aquilo que merecemos, aquilo
por que lutamos, aquilo que perseguimos… Mas temos que continuar a lutar,
aconteça o que acontecer.
Por vezes, as forças faltam, a
vontade falha, os incentivos são poucos, os sonhos começam a ficar cada vez
mais longe. Mas é nestes momentos que temos que tentar ir buscar forças e
alento a quem nos quer bem, ir ao fundo de nós mesmos e resgatar o nosso
verdadeiro ser, a nossa verdadeira essência e lutar.
Não é fácil remar quando o mar
está revolto e não se vê um farol que nos guie, mas é precisamente nesta altura
que não podemos parar de remar, com remos, sem remos, mesmo sem rumo, mas parar
não será nunca uma opção.
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