Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Mas o que significa ser mulher?
Ou melhor, o que significa, hoje em dia, ser mulher?
Cada vez mais tentamos lutar pela igualdade e pela emancipação da mulher, pela liberdade, pelos direitos, pelo respeito.
Nem sempre é fácil fazer valer as nossas ideias, os nossos ideais, aquilo que é nosso por direito, nem sempre é fácil mostrar que somos tão ou mais valiosas que os homens, em muitos aspectos.
Não sou de comprar guerras com ninguém, não sou fundamentalista, acho que é necessário haver equilíbrio e bom senso.
Há muitos homens maus, tal como há muitas mulheres más. Não é característica de um género só.
Mas acredito também, que muitas vezes, a tal liberdade que alcançamos, se vira contra nós mesmas. Acho que, em muitos casos, ao tentarmos mostrar a nossa liberdade e a nossa igualdade, caímos no exagero e no ridículo.
Cada vez mais se vê, e cada vez mais em mais tenra idade, meninas a quererem ser mulheres, a mostrar-se adultas sem o ser, a ter atitudes que em nada as dignifica. Estão no seu direito? Claro que estão. Mas ser mulher é muito mais que calçar uns saltos altos, colocar um batom nos lábios e um lápis preto nos olhos, vestir um top decotado e desfilar futilidade.
Ser mulher é muito mais do que isto.
Ser mulher é ter liberdade para pensar por si mesma e não apenas ir na corrente.
Ser mulher é ser educada, respeitar os outros, lutar pelos sonhos mas sem atropelar ninguém pelo caminho.
Ser mulher é ser fiel, principalmente fiel a si mesma, aos seus princípios e convicções.
Ser mulher é ser doce, amável, maternal, mas sem deixar de ser brava e guerreira, para travar as batalhas que apareçam pela frente.
Ser mulher é ter amor para dar e vender, mas sem se vender nem o dar a quem não seja verdadeiramente merecedor.
Ser mulher é enfrentar ventos e tempestades, ultrapassar furacões, seguindo em frente, mesmo sem forças, até chegar a terra firme.
Ser mulher é guardar no seu abraço, quem precisa de um ombro, dar afecto, dar carinho, dar coragem.
Ser mulher é ter coragem para lutar de igual para igual, mesmo sabendo que somos todos diferentes, que o mundo nunca nos fará justiça, que a luta é inglória.
Ser mulher é dar um passo em frente, mesmo sabendo que nesse passo está a escuridão da incerteza.
Ser mulher é continuar de pé!
Ser mulher é não calar!
As mulheres continuam a ser vítimas de falsos amores, de promessas feitas no ar. Podem até dizer que os homens também são vítimas... Claro que sim, não é isso que está em causa. Mas os números falam por si.
Temos que ensinar às nossas crianças a valorizar a mulher, a valorizar as pessoas, a se valorizarem, a valorizar o amor e a vida.
Por isso digo que temos que ser mais que apenas uma imagem exterior, temos que ser melhores que apenas um reflexo no espelho, temos que ensinar e aprender os verdadeiros valores, aqueles que fazem de nós melhores pessoas.
E ajudar-nos em vez de nos recriminar-nos mutuamente.
Sejamos mulheres!
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