Quem está sozinho, nem sempre está só.
Porque estar só tem a ver com a forma como nos sentimos, com a forma como lidamos com a solidão, a forma como nos sentimos com isso.
A solidão pode e deve ser boa. Devemos sentir-nos bem connosco, com a nossa companhia, com o nosso silêncio. E, a partir daí, a partir da nossa solidão, lidar com os outros, abrir-nos ao mundo, mas partindo sempre de nós mesmos primeiro.
A solidão não tem que ser triste, porque precisamos de tempo para nos conhecermos, para nos ouvirmos, para limparmos a alma.
E, nem sempre, quem está de fora consegue entender quem está sozinho.
A sociedade acha sempre que as pessoas só estão bem se estiverem casadas, se tiverem um par, se constituírem uma família.
Mas porque é que tem que ser assim?
Nem toda a gente encontra alguém com quem queira dividir a vida e nem sempre se está disposto a abdicar da nossa liberdade, do nosso espaço, em abrir mão do nosso eu, para nos adaptarmos a outra pessoa.
E isso não tem que ser uma coisa má. Não somos todos iguais, não temos todos os mesmos objectivos, nem todos se sentem incompletos se não tiverem alguém do lado.
Há tantas formas de amor... Tantas formas de nos sentirmos completos e realizados, tantas formas de nos sentirmos acompanhados, amados...
Não temos que dividir a nossa vida com alguém para termos amor.
Mas ainda há quem ache que quem está sozinho tem, necessariamente, que ser triste, tem que se sentir só, tem que andar em busca de algo ou de alguém.
Não é assim... A vida não se resume a isso.
Na vida o mais importante é o amor... E esse vem de várias fontes, de várias pessoas, de várias direcções... Há quem esteja sozinho e esteja rodeado de amor, tenha amor para dar e vender... E seja feliz assim!
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