Há dias de Primavera, cheios de cor, sol morno, cheiro a flores e pássaros a esvoaçar e há dias de Outono, sombrios, escuros e frios.
Há dias de Verão com o sol a brilhar, sabor a sal e mar e o calor a emanar pelos poros e há dias de Inverno, chuvosos, de nuvens carregadas e ventos descontrolados.
Há dias felizes, cheios de risos e gargalhadas, de palavras soltas e brisas suaves e há dias tristes em que as lágrimas se soltam, as comportas se abrem e os fantasmas andam à solta.
Há dias bons em que aproveitamos cada minuto, esprememos cada segundo e terminamos de alma lavada e coração leve e há dias maus em que, por mais que se esprema nada se retira, nada se aproveita, nada aproveitamos.
Nem sempre retiramos o melhor dos dias, nem sempre os dias nos dão o que precisamos ou o que merecemos.
Nem sempre recebemos de volta aquilo que semeamos, aquilo que damos de nós, aquilo que devíamos, por direito, receber.
Nem sempre damos o suficiente para receber em troca e a vida mostra-nos que temos que nos esforçar mais, dar mais para receber.
Qualquer que seja a situação em que estamos, há sempre a possibilidade de dar a volta, de mudar, de pensar melhor e ver de que lado queremos estar.
Não podemos focar-nos nos Invernos frios e chuvosos, mas seguir para as Primaveras quentes e coloridas. Aproveitar os Verões da vida, sabendo que há dias mais frios que outros, mas haverá sempre o sol a brilhar a cada dia que passe.
Ver o copo meio cheio e quando acharmos que se vai esvaziar, enchê-lo até ao topo e deixar transbordar.
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