Do que é que sentes mais falta?
Onde estarias agora, se pudesses escolher outro lugar para estar?
Não temos tudo aquilo que precisamos para sobreviver?
Sim. Na verdade sim.
Temos tudo o que precisamos para sobreviver. Mas falta-nos tudo aquilo que nos ajuda a viver.
Falta-nos o ar livre, o mar, o apego, o aconchego de um abraço, o riso solto e despreocupado, o ar puro de quem ama a liberdade, o ir sem rumo e sem amarras, sem medos e sem "ses".
Por agora temos este estar sem estar, ver sem tocar, amar ao longe, abraçar por correspondência, escondidos atrás de um ecrã ou de uma mensagem.
Tínhamos tudo aquilo que precisávamos.
Vamos voltar a ter.
Vamos voltar a ser livres.
E quando voltarmos a ter tudo aquilo que tínhamos mas que não víamos, que não queríamos ver, temos o dever de valorizar aquilo que nos é necessário para viver.
Não podemos dar por garantido o que sempre tivemos e nunca pensamos deixar de ter.
A distância e a ausência não destrói o que é verdadeiro, não apaga o amor que sentimos, não esmorece o carinho e o afeto. Mas faz-nos ver à lupa aquilo que nos permite levar a vida com mais leveza, aquilo e aqueles que esmorecem os medos e os problemas, que nos ajudam a ir em frente e a sermos felizes.
Quando a distância se desfizer, vamos abrir as portas e os braços de par em par, com a certeza de que sobrevivemos e, depois sim, vamos viver!
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