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O tempo e o que ele nos faz... Ou o que fazemos com ele...

O tempo ensina-nos muitas coisas... Ensina-nos, por exemplo, a relativizar as coisas, a dar importância às coisas certas...
O que é realmente importante na vida?
Dinheiro, saúde, um bom emprego, família, os amigos?
Claro que nunca haverá consenso em relação a isso, claro que há diferentes opiniões e cada um achará que as prioridades dos outros estão erradas.
Confesso que, ao longo dos anos, e à medida que fui amadurecendo, as minhas prioridades mudaram bem como a noção que tinha sobre a importância de certas coisas na vida.
O dinheiro nunca foi algo pelo qual ansiasse, não mais do que qualquer outra pessoa. No entanto, o dinheiro pode apenas trazer-nos comodidade e pouco mais, quem tem dinheiro também adoece, também morre, também se sente só...
Um bom emprego é importante, ou pelo menos um emprego onde nos sintamos bem, um emprego que nos preencha. Mas, e se ao chegarmos a casa, depois de um dia de trabalho, não encontrarmos nada? Será que vale a pena?
A saúde, por sua vez, é talvez das coisas mais importantes que temos na vida. Há quem diga que sem saúde não somos nada. Concordo... mas com um senão... de que vale ter saúde se não temos com quem a partilhar?
O que realmente importa na vida?
Eu diria que o Amor é sempre o mais importante.
Não apenas um grande Amor, mas muitos amores, diferentes amores...
O Amor de alguém com quem decidamos partilhar a nossa vida, o Amor da nossa família, o Amor dos nossos amigos...
No que me diz respeito, não me posso queixar.
Tenho uma família que adoro e que sei que estará sempre lá para me apoiar.
Tenho algumas (poucas, mas maravilhosas) amigas que estarão sempre ao meu lado.
Ao longo da vida conhecemos pessoas fantásticas, que nos ensinam que não é preciso ser da família para pertencer a ela.
Já sonhei com o grande Amor... aquele que iria durar para toda a vida. Mas será esse o verdadeiro Amor? Será que esse Amor supera todos os outros amores?
Para mim, Amor é Amor! São diferentes, mas um complementa o outro...
Mas o Amor que eu mais preciso neste momento, aquele que uso para me dar força a cada dia, aquele que me mantém em pé e me ajuda a seguir em frente, não é o Amor de um homem, de um namorado, de um companheiro. Não é o Amor no seu sentido romântico, por assim dizer...
É o Amor de várias pessoas... é o Amor da minha família, seja ela de sangue ou de coração. Esse é para mim o verdadeiro Amor... o Amor verdadeiro.
E se o príncipe encantado nunca chegar? Paciência... Talvez não esteja destinada a viver um grande Amor... Ou talvez o Amor para mim tenha chegado sob outra forma... Quem sabe? Posso até já estar a vivê-lo e ainda não me tenha dado conta... Porque Amor que é Amor não tem regras, não é linear, não é catalogado... Amor que é Amor vive-se e sente-se, não se explica...

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