Pular para o conteúdo principal

Onde queremos estar?

Se fizermos o exercício de fechar os olhos e imaginar como queríamos que a nossa vida fosse, será que muita coisa mudava?
Será que estávamos no mesmo lugar, da mesma forma, com as mesmas metas, as mesmas conquistas, os mesmos sonhos...
Será que teríamos na nossa vida as mesmas pessoas, ou teríamos deixado algumas pelo caminho e resgatado outras tantas que se perderam na estrada da vida?
Será que as nossas ideias e os nossos ideais se mantém intocáveis ou abandonamos alguns e abraçamos novos?
Nem sempre a vida nos leva pelo caminho que traçamos, nem sempre esse caminho nos leva onde pensámos que levava.
Nem sempre os sonhos se realizam, outras vezes não se realizam à primeira nem segunda tentativa e nem sempre aquilo que sonhámos se revela naquilo que realmente queríamos para nós.
Nem sempre as pessoas ficam para sempre, outras vezes ficam mas longe do olhar. Há pessoas que não víamos com clareza e a vida se encarrega de nos mostrar como verdadeiramente são. Umas vezes ficamos a ganhar, noutras nem tanto.
Nas voltas da vida, nem sempre estamos onde gostávamos de estar, nem sempre estamos com quem gostávamos de estar, nem sempre temos aquilo que gostávamos de ter.
Há dias que sentimos mais aquilo que não temos e dias que optamos por valorizar mais aquilo que temos em detrimento do que nos falta.
A opção é nossa. Chorar as perdas ou celebrar os ganhos. Fazer pender a balança para aquilo que temos de bom, mesmo que não seja o ideal. Mesmo que não seja, ainda, aquilo que desejamos. Mesmo que não estejamos, ainda, onde devemos e queremos estar.
A luta continua.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Palavras suspensas

Há dias em que as palavras nos faltam. Dias em que não conseguimos destrinçar o novelo dos pensamentos, nem encontrar aquele fio perdido que nos permite dar seguimento a uma simples frase.  Há momentos em que, simplesmente, não conseguimos traduzir aquilo que estamos a sentir.  Dias tristes, sem razão aparente, em que tudo está exatamente como ontem e, provavelmente, igual ao que estará amanhã. Não falta nada essencial, tudo o necessário, o estritamente necessário, está lá, mas falta tudo o resto.  Falta o calor, falta a luz, falta a brisa no rosto, falta a voz calma e calorosa que nos diz: "Vai ficar tudo bem." "Vai dar tudo certo." "Acredita!"  Nem todos os dias são bons.  Nem todos os dias são de esperança.  Há dias de saudade, de tristeza, de falta de esperança e de perspectivas para dar um passo em frente e seguir.  Há dias em que só apetece "estar".  Estar aqui, pairar pelo dia fora, sem fazer nada que contrarie o rumo qu

Novos tempos

 Vivemos dias estranhos.  Tempos em que deambulamos, tal fantasmas, tentando perceber os quês e os porquês, tentando decifrar o caminho mais seguro, tentando aprender os novos tempos que nos sufocam os gestos e a alma.  Ansiamos por liberdade, por abraços e afetos, por respirar o ar livre de quem sabe o amanhã risonho e seguro.  Por agora resta-nos continuar este trilho inseguro, com um nó no peito, entre o assustados e o expectantes, sem saber quais as verdades que nos estão reservadas.  Cabe-nos seguir com um misto de esperança e incerteza, precavidos e desalentados, com fé no futuro, mas receio nos dias, dando o melhor de nós a cada esquina.  A esperança permanece, por mais dura que seja a viagem. Apesar dos tempos em que nos dizem que as lonjuras são necessárias, esperamos pelo dia em que as distâncias se apaguem e os sorrisos nos voltem abertos e espontâneos, tal como os braços que não mais se fecharão.  Aguardamos pelas mesas, novamente cheias, de risos e gargalhadas, os espaços

Que mundo é este?

O mundo está imundo. Carregado de ódio, invadido por pessoas de mau carácter, ou sem carácter nenhum, cheio de gente desumana, que não valoriza a vida, nem a sua nem a de quem está próximo. Cada dia aumenta o desamor, o rancor, a raiva. Todos os dias sobe o desrespeito pelos outros, pela vida humana. Como é possível desrespeitar aquilo que temos de mais sagrado? Como é possível não olhar a meios para atingir o final que se quer? Como podemos viver num mundo onde o ódio cresce ao virar da esquina? Onde se mata quem deveríamos ter de mais precioso, apenas por cobiça, por mesquinhez, por egoísmo… Como podemos esperar um mundo melhor, se a cada dia que passa, morre mais uma mulher, vítima da maldade de quem um dia amou. O amor não é isto! O amor leva-nos a sermos melhores, a querermos o bem de quem amamos, a preferir sofrer no lugar dessa pessoa, a querer sempre o melhor para ela, mesmo que longe de nós… O amor não nos faz matar por ciúme, por egoísmo, por desejar alguém a